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27 de junho de 2012

On quarta-feira, junho 27, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   No comments
Não mais comentários na Liturgia da Palavra
23 de junho de 2012
Nota da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia sobre a Liturgia da Palavra

Com o pleno consenso dos participantes do encontro com a CEPL (Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia — Aparecida, 2 e 3 de julho 2007), faz-se um apelo a todos os responsáveis pelos folhetos litúrgicos para que se apre­sente apenas um comentário para Introduzir a Liturgia da Palavra, com e finalidade, de preparar e dispor os fiéis a ouvirem atentamente as três Leituras (1’ Leitura, 2’ Leitura e Evangelho). Assim, não mais se teria, separadamente, um comentário para cada uma das leituras.
Optamos por essa decisão para darmos mais valor à Pala­vra proclamada. Esta não pode ser interrompida ou intervalada com comentários e explicações que quebram sua unidade e o ritmo da celebração. A explicação e a atualização da Palavra devem ser feitas em seu local próprio, a homília.
A assembleia litúrgica não é apenas destinatária da ação litúrgica, mas é protagonista, povo sacerdotal, não dependendo de “palavras de ordem” para participar. A liturgia não é apenas “palavra”, mas uma ação ritual-simbólico-sa­cramental. Por isso, muito mais do que um “comentário, é a atitude do leitor, do salmista, do diácono ou do presidente da assembleia, que vai ajudar para que a Palavra seja ouvida e acolhida. Nesse contexto, para uma frutuosa proclamação e acolhida da Palavra, adquirem muita importância o ambão, sua localização e sua ornamentação; um bom microfone; a veste litúrgica própria dos leitores.
Na celebração litúrgica, as “introduções” prestam o serviço de “iniciar”, despertar, dispor a assembleia para a escuta atenta da Palavra. Para usarmos um termo dos Meios de Comunicação Social, estas “introduções” po­deriam ser comparadas às “chamadas’ que anunciam e preparam a assembleia para a escuta do Senhor.
Seria interessante retomar tudo o que o Missal Roma­no prevê para.a celebração da Liturgia da Palavra, com destaque aos momentos de silêncio após cada leitura (cf. IGMR, 128-134). Aí está claro que os “comentários” não têm a finalidade de dar informações catequéticas ou moralistas, mas devem ser mistagógicos, isto é, conduzir a assembleia à plena participação da ação litúrgica. Devem ser convites de cunho espiritual, sempre discretos, oran­tes, a serviço do diálogo entre Deus e seu povo reunido, portanto, sem interrupção do fluxo do rito. Vale lembrar um dos princípios na ação litúrgica: “Que as nossas palavras na Liturgia não neguem a Palavra, mas a sirvam”.
Pedimos também não mais usara palavra “comentarista” ou “comentário” em nossos folhetos, visto que não é este o espírito das monições apresentadas. Muitos usam a palavra “animador” que, mesmo não sendo a ideal, é a que mais se aproxima da função litúrgica exercida por esta pessoa. Convido a todos para assumirem nosso pedido neste espírito acima exposto.

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