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1 de junho de 2012

On sexta-feira, junho 01, 2012 by Pe. Lucione Queiroz
EVANGELHO E SANTO DO DIA - 01/06/2012

Minha casa será chamada casa de oração
para todos os povos. Tende fé em Deus.

Evangelho - Mc 11,11-26

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos

    Tendo sido aclamado pela multidão, 11Jesus entrou, no Templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. 12No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus teve fome.  13De longe, ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos. 14Então Jesus disse à figueira: 'Que ninguém mais coma de teus frutos.' E os discípulos escutaram o que ele disse. 15Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no Templo e começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no Templo.     

      Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas. 16Ele não deixava ninguém carregar nada através do Templo. 17E ensinava o povo, dizendo: 'Não está escrito: 'Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos'? No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões.' 18Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de o matar. Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava maravilhada com o ensinamento dele. 19Ao entardecer, Jesus e os discípulos saíram da cidade. 20Na manhã seguinte, quando passavam, Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado até a raiz. 21Pedro lembrou-se e disse a Jesus:  'Olha, Mestre: a figueira que amaldiçoaste secou.' 
        22Jesus lhes disse: 'Tende fé em Deus. 23Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: 'Levanta-te e atira-te no mar', e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá. 24Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. 25Quando estiverdes rezando, perdoai tudo o que  tiverdes contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus também perdoe os vossos pecados.' Palavra da Salvação.

Reflexão - Mc 11, 11-26

      O Evangelho de hoje nos leva a questionar se a Igreja é para nós o local privilegiado para o encontro com Deus e o crescimento da fé ou é o local de práticas que têm por finalidade a nossa promoção pessoal, o lucro, a competição e a concorrência entre as pessoas, o desenvolvimento de sentimentos como ciúmes, rancor, raiva, ira, inveja, etc. A Igreja deve ser o local onde se cria comunhão entre nós e o próprio Deus e entre nós mesmos, como irmãos e irmãs. Tudo o que diverge disso não corresponde ao plano de Deus e faz com que a nossa presença na Igreja seja ocasião de pecado.


HOJE A IGREJA CELEBRA SÃO JUSTINO, MARTIR  

         São Justino Mártir [1]
san-justino
      São Justino converteu-se ao Cristianismo por volta do ano 130, mas antes tinha se dedicado ao estudo da filosofia grega; copiando uma prática dos filósofos gregos, fundou uma escola em Roma com a finalidade de transmitir os ensinamentos cristãos. Morre decapitado com outros seis cristãos em 165.
        Para sua conversão, porém, revelou-se determinante o testemunho dos mártires: “Quando ainda era discípulo de Platão, eu ouvia as acusações dirigidas aos cristãos. Mas, vendo-os intrépidos diante da morte e diante daquilo que os homens mais temem, compreendi que era impossível que eles vivessem no mal.”
        Segundo São Justino, o homem pode saber, por meio do intelecto, que    Deus existe, mas esse conhecimento é incompleto, a não ser que se tenha fé em Cristo, o Verbo (logos) encarnado, que realiza a plena revelação divina. Para explicar esse argumento, o apologista lança mão do estoicismo (o logos enquanto organizador do universo).
       Tomando emprestada essa idéia, Justino afirmava que Deus planta na alma dos homens de boa-vontade as suas logos spermatikoi, as sementes do Verbo. Por isso, todos os grandes filósofos da Antigüidade teriam vivido e pensado em maior ou menor medida segundo a vontade de Deus. Entretanto, somente os cristãos tem a plenitude do Verbo, e não somente fragmentos dele, por meio da fé.



[1]  Vivendo a Filosofia, p. 106 e História da Filosofia, p. 408.