22 de novembro de 2012
On quinta-feira, novembro 22, 2012 by Pe. Lucione Queiroz Sem comentário
Segundo
este relato, Cecília seria da "nobre família romana dos Metelos, filha de
senador romano e cristã desde a infância".Ela foi dada em casamento,contra
a vontade,a um jovem chamado Valeriano. Se bem que tivesse alegado os motivos
que a levavam a não aceitar este contrato, a vontade dos pais se impôs de
maneira a tornar-lhe inútil qualquer resistência. Assim se marcaria o dia do
casamento e tudo estava preparado para a grande cerimônia. Da alegria geral que
estampava nos rostos de todos, só Cecília fazia exceção. A túnica dourada e
alvejante peplo que vestia não deixavam adivinhar que por baixo existia o
cilício, e no coração lhe reinasse a tristeza.
Estando só com o noivo, disse-lhe, Cecília com toda a amabilidade
e não menos firmeza: “Valeriano, acho-me sob a proteção direta de um Anjo que
me defende e guarda minha virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma
contra mim, o que provocaria a ira de Deus contra ti”. A estas palavras,
incompreensíveis para um pagão, Cecília fez seguir a declaração de ser cristã e
obrigada por um voto que tinha feito a Deus de guardar a pureza virginal.
Disse-lhe mais: que a fidelidade ao voto trazia a bênção, a violação,
porém, o castigo de Deus. Valeriano,ficou "vivamente impressionado"
com as declarações da noiva, respeitou-lhe a virgindade, converteu-se e recebeu
o batismo naquela mesma noite. Valeriano relatou ao irmão Tibúrcio o que tinha
se passado e conseguiu que também ele se tornasse cristão.
Turcius Almachius, prefeito de Roma, "teve conhecimento da
conversão do dois irmãos. Citou-os perante o tribunal e exigiu peremptoriamente
que abandonassem, sob pena de morte, a religião que tinham abraçado. Diante da
recusa formal, foram condenados à morte e decapitados". Também Cecília,
" teve de comparecer na presença do juiz. Antes de mais nada, foi intimada
a revelar onde se achavam escondidos os tesouros dos dois sentenciados. Cecília
respondeu-lhe que os sabia bem guardados, sem deixar perceber ao tirano que já
tinham achado o destino nas mãos dos pobres. Almachius, mais tarde,
cientificado deste fato, enfureceu-se e ordenou que Cecília fosse levada ao
templo e obrigada a render homenagens aos deuses. De fato foi conduzida ao
lugar determinado, mas com tanta convicção falou aos soldados da beleza da
religião de Cristo que estes se declararam a seu favor, e prometeram abandonar
o culto dos deuses."
Almachius, "vendo novamente frustrado seu estratagema, deu
ordem para que Cecília fosse trancada na instalação balneária do seu próprio
palacete e asfixiada pelos vapores d’água. Cecília teria sido então protegida
milagrosamente, e embora a temperatura tivesse sido elevada a ponto de
tornar-se intolerável, ela nada sofreu". Segundo outros mitos, a Santa
"foi metida em um banho de água fervente do qual teria saído ilesa".
Almachius recorreu então à pena capital." Três golpes vibrou
o algoz sem conseguir separar a cabeça do tronco. Cecília, mortalmente ferida,
caiu por terra e ficou três dias nesta posição. Aos cristãos que a vinham
visitar dava bons e caridosos conselhos. Ao Papa entregara todos os bens, com o
pedido de distribuí-los entre os pobres. Outro pedido fora o de transformar a
sua casa em igreja, o que se fez logo depois de sua morte". Foi enterrada
na Catacumba
de São Calisto.
As
diversas invasões dos godos e lombardos fizeram
com que os Papas resolvessem a transladação de muitas relíquias de santos para
igrejas de Roma. O corpo de Santa Cecília ficou muito tempo escondido, sem que
lhe soubessem o jazigo.
Uma aparição da Santa ao Papa Pascoal I (817-824) trouxe luz sobre este ponto.
Achou-se o caixão de cipreste que guardava as relíquias. O corpo, foi "encontrado
intacto e na mesma posição em que tinha sido enterrado". O esquife foi
"achado em um ataúde de mármore e depositado no altar de Santa
Cecília". Ao lado da Santa acharam seu repouso os corpos de Valeriano,
Tibúrcio e Máximo.
Em 1599, por ordem do Cardeal Sfondrati, foi aberto o túmulo de
Santa Cecília e o corpo encontrado ainda na mesma posição descrita pelo papa
Pascoal. O escultor Stefano Maderno que assim o viu, reproduziu em
finíssimo mármore, em tamanho natural, a sua imagem.
A Igreja ocidental, como a oriental, têm grande veneração pela
Mártir, cujo nome figura no cânon da Missa. O ofício de sua festa traz como antífona um tópico das atas do martírio de
Santa Cecília, as quais afirmam que a Santa, nos festejos do casamento, ouvindo
o som dos instrumentos musicais, teria elevado o coração a Deus nestas piedosas
aspirações: “Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que não
seja confundida”. Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música sacra. Sua festa
é celebrada no dia 22 de Novembro, dia da
Música e dos Músicos.
Compositores eruditos importantes como Henry Purcell, Georg
Friedrich Händel e Benjamin Britten escreveram composições em sua honra,
apareceu em poesias de John Dryden, Alexander Pope e W. H. Auden, e músicos
populares também fizeram referência a ela, como Paul Simon, David Byrne e Brian Eno.
SANTA CECILIA - Rogai por nós junto a Jesus.
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