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29 de novembro de 2012

On quinta-feira, novembro 29, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   Sem comentário

LOCAL PARA ENTREGA:

Casa Paroquial
Secretaria da Paroquia
Igreja Matriz
Residencia do Vicentinho

On quinta-feira, novembro 29, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   Sem comentário


                               Evangeli.
entrevista com secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner,  sobre a Campanha para a Evangelização:
A Campanha para a Evangelização foi criada em 1997. Qual a importância dela para os projetos de evangelização da Igreja no Brasil?A Campanha procurou despertar, desde o início, a consciência dos fiéis da Igreja Católica no Brasil para os grandes desafios da ação evangelizadora. Nossas comunidades são chamadas a aprofundar a solidariedade para com a manutenção dos serviços prestados pela CNBB às regiões que enfrentam grandes dificuldades materiais. A Campanha não se reduz à coleta e ajuda financeira. Mas é, antes de tudo, o despertar para a nossa missão de evangelizadores e um momento de reflexão e oração importante para o crescimento da comunhão entre nós.
Realizada no tempo do Advento, esta Campanha possui a cada ano alguma temática específica?Diferentemente da Campanha da Fraternidade, a Campanha para a Evangelização não apresenta um tema, mas coloca um lema diferente para cada ano. Todos esses lemas estão ancorados no único e permanente tema da evangelização: o anúncio e o testemunho do evangelho de Jesus Cristo. Cada Igreja Particular pode dar o acento que parecer mais próximo de suas comunidades. O importante é que todos tenham o coração voltado para a ação evangelizadora em todo o Brasil e no mundo.
O que significa o slogan Evangeli.Já?Evangeli.Já é um neologismo da palavra evangelização que quer mostrar a urgente necessidade da participação de todos na missão da Igreja e na manutenção dos organismos a serviço da articulação e desenvolvimento dos projetos evangelizadores.
Quem foi o mentor da Campanha deste ano?
Existe uma Comissão de Bispos responsável pela organização da Campanha. Este ano pedimos a colaboração do senhor Sérgio Valente, um dos maiores publicitários do país, católico, que nos ajudasse a realizar a Campanha.
Quais são as novidades que a Campanha traz este ano?As novidades são: slogan, música, spot para rádio, tv e web, vários cartazes, cartões com a oração da Campanha da Evangelização (CE) e um selo de acolhida a ser entregue, no início de cada Missa ou Celebração, a todos os fiéis. Além das peças já conhecidas por todos como: o texto referencial, a oração e os envelopes.
Como as pessoas podem colaborar?
Primeiro, participando das celebrações do Advento, rezando e refletindo sobre a missão evangelizadora da Igreja.
Segundo, divulgando, promovendo e, efetivamente, participando com generosidade da coleta que é distribuída da seguinte maneira: 45% permanecem na própria Diocese; 20% vão para manter os Regionais da CNBB; e 35% se destinam à CNBB Nacional. Por isso, é importante a colaboração de todos nesta Campanha.

28 de novembro de 2012

On quarta-feira, novembro 28, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   Sem comentário

27 de novembro de 2012

On terça-feira, novembro 27, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   Sem comentário
Oração Litúrgica 


Para compreender o caráter e o dinamismo da oração litúrgica, convém atermo-nos primeiramente à dupla dimensão que a celebração litúrgica possui. Esta se desenvolve per ritus et preces, isto é, por meio de ritos e orações. As preces ajudam a desviar o sentido dos ritos que se vão desenvolvendo. A celebração litúrgica tem, portanto, uma faceta de oração e outra de ação; é ato e prece intimamente unidas na entretecedura ritual. A oração litúrgica acompanha, envolve e, ao mesmo tempo, ilumina a ação litúrgica. Sendo a liturgia uma realidade central na vida da Igreja, a oração litúrgica é por isso a grande oração eclesial. Observaremos as distintas facetas da oração litúrgica para compreendê-la.




A oração litúrgica:


É um eco da história da salvação A História da Salvação é o diálogo entre Deus bom e misericordioso e a criatura humana, entre Deus e seu povo. Considerando a dimensão de oração da celebração litúrgica, é ela desvelada c
omo diálogo contínuo e interrupto com o Pai das misericórdias. Por meio da oração litúrgica, dá-se assim prosseguimento ao diálogo da História da Salvação. Uma oração que é a resposta do homem a Deus que o chama e lhe fala: essa realidade teológica manifesta-se na própria estrutura dialogal da prece litúrgica: o presidente pronuncia a oração e o povo responde associando-se e ratificando seu “Amém” a oração do ministro.


Uma oração pascal 

Sendo toda a liturgia da Igreja uma celebração do Mistério Pascal de Jesus Cristo, a oração litúrgica é oração pascal. Como a Páscoa do Senhor é o acontecimento central da História da Salvação, daí deriva também seu caráter de oração central e principal. Do Mistério Pascal fluem a força poderosa, a eficácia e toda a energia transformadora da oração litúrgica. Por brotar da Páscoa de Jesus Cristo, essa oração tem um valor objetivo, é uma participação dessa fonte viva. A Páscoa do Senhor é o dom divino máximo, e precisamente por isso deve ser celebrada; daí decorre que a prece litúrgica se transforme em “oração celebrativa”.


Uma oração de raiz bíblica

Como exala o decorrer da História da Salvação, a prece litúrgica é marcadamente bíblica; inspira-se explícita ou implicitamente na Sagrada Escritura: “desempenha papel de primordial importância na celebração litúrgica. Fornece as leituras e é explicada na homilia”.(cf.SC 24);a mesma linguagem empregada pela oração litúrgica está repleta de ressonâncias bíblicas. Na atual estruturação de todas as celebrações litúrgicas, estas não deixam de ter seu momento bíblico ou primeira parte da Liturgia da Palavra.
On terça-feira, novembro 27, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   Sem comentário

Entrevista com Pe. Luiz Roberto Benedetti, no Instituto Humanitas Unisinos:
6/9/2009


http://www.ihu.unisinos.br/templates/interna/images/icone_noticias.jpg
Novas comunidades católicas: “tradução” mais visível da influência das mudanças sociais sobre a religião. Entrevista especial com Luiz Benedetti
http://www.ihu.unisinos.br/templates/interna/images/pontilhado_news.jpg

O atual cenário religioso brasileiro não inspira nenhuma renovação, na visão do padre e filósofo Luiz Roberto Benedetti. Mas, esclarece ele, “talvez ajude a Igreja a tomar consciência de que sua palavra perde a aura de sacralidade e de autoridade impositiva de que gozava, uma vez que – e aqui lembro a Evangelii Nuntiandi de Paulo VI – este mundo aceita as testemunhas mais do que os mestres. Estes são vistos como necessários, pois ‘delimitam’ um campo de verdade e moralidade (psicologicamente saudável), mas isso não significa que as pessoas se guiem por eles”. Benedetti concedeu a entrevista a seguir, por e-mail, para a IHU On-Line, onde afirma que “o catolicismo, no Brasil, sofre as consequências da mudança social acelerada. Mudança caracterizada, no caso religioso, pelo pluralismo religioso”. E assim descreve o panorama atual do catolicismo: “a incapacidade de compreender as mudanças sociais cada vez mais rápidas e profundas leva a Igreja a propor-se como única tábua de salvação. Só ela tem o remédio para todos os males. Os fora dela estão inseguros, perdidos, desenraizados. Esta visão impede de ver os problemas reais experimentados pela grande massa. Por outro lado, pode-se visar no pontificado de Bento XVI uma espécie de catolicismo de minoria; simplificando: poucos, mas bons. Não significa buscar um catolicismo de elite, mas sim cristãos conscientes da própria fé, capazes de lutar por seus direitos de participação na vida da Igreja, co-responsáveis, presentes nos embates sociais e políticos. Não acredito na volta de um catolicismo fundado em manifestações massivas, que se esgotam em si mesmas. São psicologicamente reconfortantes, mas não representam um caminho para uma presença expressiva da Igreja no mundo”.

Benedetti possui graduação em Filosofia pelo Instituto Camiliano Pio XII, graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo, graduação em Teologia pela Conferência Nacional dos Religiosos, mestrado em Sociologia pela Universidade de São Paulo e doutorado em Ciências Humanas pela mesma instituição. Atualmente, é professor na Faculdade de Teologia e Ciências Religiosas da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. É autor de, entre outros, Os santos nômades e o Deus Estabelecido (São Paulo: Paulinas, 1983) e Templo, praça, coração - A articulação do campo religioso católico (São Paulo: Humanitas / USP / FAPESP, 2000).

Confira a entrevista.

IHU On-Line - Como entender a renovação e a ebulição atual do catolicismo? Quais as causas que originaram o panorama católico atual?

Luiz Roberto Benedetti - A Igreja Católica vive, sim, um momento de ebulição. Nos anos 1980, o teólogo José Comblin dizia, contrariando o então Cardeal Ratzinger, que falava de frutos amargos do Concílio, que se não tivesse acontecido o Vaticano II a Igreja talvez já tivesse desaparecido. Não foi uma frase de efeito. Na realidade, o que acontece é que tudo o que houve durante e depois do Concílio preparou a Igreja, até certo ponto, para enfrentar as mudanças que se aceleravam cada vez mais. Independentemente de se aceitar ou não a pós-modernidade como etapa ou crítica da modernidade, o fato é que esta atinge todas as esferas da vida social. Literalmente põe em questão a forma de estar no mundo por parte das igrejas, não apenas a católica. Todas. Mesmo as oriundas historicamente da Reforma – que pode ser vista como a primeira “etapa” da Revolução Burguesa – não escapam ao desafio de recolocar-se no mundo atual. Sem o Concílio não estaríamos minimamente preparados para enfrentar os desafios éticos que as mudanças sociais colocam ao pensamento e ação dos cristãos. O clima de liberdade nos tempos de João XXIII e Paulo VI “prepararam”, até certo ponto, a Igreja Católica para enfrentar os desafios da realidade atual. Há muito de ingenuidade e, sobretudo, de má fé atribuir a eles os problemas vividos pela Igreja. Agora, não sei se é possível falar de renovação. O papado altamente centralizador de João Paulo II combinou um forte apelo emocional-midiático com rigidez e controle exacerbado sobre a liberdade que o teólogo precisa para “pensar” a fé à luz da mudança histórica, restabeleceu a ligação direta bispos-burocracia romana (deixando em segundo plano, quando não ignorando, as conferências episcopais); na nomeação destes pensou mais na docilidade que na lucidez, inteligência e sabedoria (capacidade de discernimento). A impressão que se tem é que Bento XVI tem consciência da situação que herdou e busca remédios. Mas, mesmo em seus momentos mais felizes, carrega o fardo de inquisidor.

IHU On-Line - Em que sentido as religiões emergentes servem de inspiração para o catolicismo na atual disputa por espaço e prestígio social no cenário religioso brasileiro?

Luiz Roberto Benedetti - Não sei se há religiões emergentes, no sentido clássico atribuído à palavra religião como sistema articulado de idéias, ritos e normas morais, capaz de dar um sentido ao mundo como realidade construída. Há mais um estado de espírito, de cor religiosa, difuso, altamente subjetivo. A subjetividade, exacerbada pelo fluxo de imagens e informações, combina elementos de tradições opostas e o faz seguindo modas, ou seja, o mix religioso psicológico tem duração efêmera. Poucos falam hoje da Nova Era, por exemplo. Mais ainda, se olharmos o “prestígio” da auto-ajuda, salpicada de conselhos edificantes tirados das religiões e totalmente fora de contexto, os romances de cunho religioso vendendo aos montes (A Cabana, por exemplo), fica evidente que podemos falar mais de religiosidade fluida, dispersa, do que de religiões. E mais: quando a religião se torna questão de defesa do consumidor (vai parar no PROCON), levada para os bancos dos réus, tudo isso é sintoma de uma mudança radical. Claro que a situação sumariamente esboçada não inspira nenhuma renovação. Mas talvez ajude a Igreja a tomar consciência de que sua palavra perde a aura de sacralidade e de autoridade impositiva de que gozava, uma vez que – e aqui lembro a Evangelii Nuntiandi de Paulo VI – este mundo aceita as testemunhas mais do que os mestres. Estes são vistos como necessários, pois “delimitam” um campo de verdade e moralidade (psicologicamente saudável), mas isso não significa que as pessoas se guiem por eles.

IHU On-Line - Como o senhor caracteriza, de modo geral, o catolicismo no Brasil? Em que consiste o dilema entre “apelo à massa” e comportamento reservado; ou “cristianismo de massa” e de minoria?

Luiz Roberto Benedetti - Há que olhar, primeiramente, os números do Censo. Numericamente há uma queda expressiva e crescente. Fato normal, uma vez que qualquer  situação de pluralismo e diversidade religiosas, como a que vivemos, sempre provoca evasão da religião dominante ou hegemônica. O catolicismo, no Brasil, sofre as consequências da mudança social acelerada. Mudança caracterizada, no caso religioso, pelo pluralismo religioso. O aumento crescente de grupos religiosos que oferecem toda sorte de soluções para problemas da desigualdade social violenta pode levar a Igreja a cair na mesma tentação. Mais a tentação de embarcar no catolicismo midiático, um meio de atuar que atinge os que já são fiéis, altamente oneroso do ponto de vista financeiro. Ao invés de concentrar esforços numa emissora de qualidade, que tenha credibilidade, investem-se recursos em canais que acabam disputando, entre si, na transmissão de uma mensagem que, no limite, pouco contribui para dar solidez ao testemunho da fé no mundo urbano. A tentação de cair numa religiosidade intimista, de cunho emocional, somada à rigidez moral e ao devocionismo. A geração do Vaticano II sai de cena. Enfrentamos o problema de nomeações episcopais e a falta de abertura a novas formas de exercício dos ministérios ordenados. A incapacidade de compreender as mudanças sociais cada vez mais rápidas e profundas leva a Igreja a propor-se como única tábua de salvação. Só ela tem o remédio para todos os males. Os fora dela estão inseguros, perdidos, desenraizados. Esta visão impede de ver os problemas reais experimentados pela grande massa. Por outro lado, pode-se visar no pontificado de Bento XVI uma espécie de catolicismo de minoria; simplificando: poucos, mas bons. Não significa buscar um catolicismo de elite, mas sim cristãos conscientes da própria fé, capazes de lutar por seus direitos de participação na vida da Igreja, co-responsáveis, presentes nos embates sociais e políticos. Não acredito na volta de um catolicismo fundado em manifestações massivas, que se esgotam em si mesmas. São psicologicamente reconfortantes, mas não representam um caminho para uma presença expressiva da Igreja no mundo.

IHU On-Line - Qual a importância das comunidades católicas para manter viva a chama do catolicismo e para fortalecer a capacidade profética da Igreja?

Luiz Roberto Benedetti - As comunidades de vida não são um fenômeno novo na História. As ordens e congregações religiosas, surgindo quase sempre às margens da instituição, representaram papel semelhante. Guiadas pelo carisma do fundador, passaram do entusiasmo inicial, renovador, assumindo tarefas sociais relevantes do momento, a uma acomodação e burocratização institucional que domesticou a energia fundante e a pôs a serviço da instituição. A visão de Weber cabe aqui: a domesticação do carisma. De movimento a instituição. O movimento carismático já está incorporado à vida da instituição. Burocratizado e tem sua “continuidade” nas comunidades de vida. Se elas podem fortalecer a missão profética da Igreja? Bem, não dá para responder em cima dos fatos, no calor da hora. É cedo. Se tem um papel “profético” é o de abrir a instituição para levar mais a sério a subjetividade e a liberdade de escolha do homem moderno. Ele não tolera ser um a mais. Gosta do anonimato, mas anonimato “escolhido”. As relações significativas ele as escolhe. Serem proféticas as comunidades no sentido de renovar a vida da Igreja, a sua forma de presença na sociedade, não vejo que possam a vir desempenhar esse papel. Mesmo porque há várias formas de comunidade: as que valorizam a emoção, aquelas que somam devocionismo, emoção, rigidez moral e atendimento aos sofredores (o caso exemplar é o da Toca de Assis). Na sua diversidade têm um ponto em comum: uma leitura fundamentalista da Palavra de Deus e do magistério, sobretudo nas normas morais referentes à sexualidade. Talvez possam ser “proféticas” no sentido de não aderir ao relativismo reinante.

IHU On-Line - Os novos grupos e comunidades católicas buscam uma renovação dentro da Igreja ou continuam reiterando as mesmas verdades proferidas ao longo de vinte séculos? Manter-se “copiando” o passado pode ser um atrativo inclusive para os jovens?

Luiz Roberto Benedetti - Sim, buscam a renovação, mas à sua maneira. Representam a cultura moderna na valorização da performance, da emoção; outras questionam, mas caem no descrédito: por exemplo, ser franciscano não significa vestir-se como São Francisco, andar descalço ou cortar o cabelo como na Idade Média. Será que isso renova a Igreja, atrai os jovens? Ou não serão outras razões mais ligadas à situação cultural e socioeconômica que explicam a atração que exercem?

IHU On-Line - O que o senhor entende pelo “diálogo de surdos” entre a Igreja e seus membros? As novas comunidades católicas podem contribuir para a melhora deste diálogo?

Luiz Roberto Benedetti - Há uma distância crescente entre as aspirações e os problemas vividos pelos homens e mulheres contemporâneos e a postura da Igreja. Ao propor-se como tábua de salvação para todos os males e considerar erro e desvio tudo o que não se coloca na sua perspectiva impede um diálogo, adulto, livre e responsável com o mundo. Mesmo dentro da Igreja, as aspirações dos fiéis não são levadas em conta. Não se trata de mudar sua verdade, mas de criar sensibilidade às dores e alegrias humanas que não se resolvem com condenações aos que tentam interpretá-las à luz do Evangelho (refiro-me especificamente aos teólogos). Mais: a distância entre o pensamento científico e o teológico. O biólogo, o físico, o matemático explicam o universo. O teólogo pode dialogar com eles ficando restrito ao que a instituição diz e o “obriga” a crer. E os problemas sociais: a encíclica de Bento XVI foi relativamente bem recebida. Mas fica a interrogação: porque foi esquecida a “Pacem in Terris” de João XXIII, num dos seus pontos altos: as relações internacionais? Não vejo como as novas comunidades possam abrir os ouvidos de uns e outros nesse diálogo. Mesmo porque professam uma fé cega à palavra do magistério, que, aliás, constitui sua segurança num mundo marcado pelo relativismo, como já disse.

IHU On-Line - Quais as influências do Concílio Vaticano II para o fortalecimento das novas comunidades católicas?

Luiz Roberto Benedetti - As novas comunidades não constituem meu campo de pesquisa. Procuro acompanhar a literatura sobre o assunto. Digo isso porque vejo nelas a “tradução” mais visível da influência das mudanças sociais sobre a religião. Sua uniformidade – adesão incondicional à letra da Bíblia e do magistério eclesiástico – e a diversidade interna são aspectos de uma realidade social que afeta diretamente vida religiosa. De um lado, o pluralismo ético e religioso e o individualismo levam pessoas a buscarem grupos que lhe dêem segurança. A comunidade representa segurança e a leitura da vida da fé em termos de verdade pronta garante identidade. Não há contradição entre o vale-tudo religioso e o fundamentalismo. O segundo aparece como forma de reação pessoal e institucional a uma situação que um sociólogo do porte de Berger define como caos (Durkheim diria anomia). Não vejo como o Vaticano II possa ter influenciado as novas comunidades. Elas brotam de movimentos religiosos, do tipo renovação carismática, e sua raiz está sempre na mudança social.

IHU On-Line - Em que medida as novas comunidades católicas contribuem para que a Igreja possa se pensar na própria história? 

Luiz Roberto Benedetti - A meu ver sua adesão incondicional a uma instituição – no caso a Igreja – permite entender as contradições e impasses que ela enfrenta. Permite compreender os limites das imposições eclesiásticas de caráter burocrático. Pode levar à descoberta de que no mundo de hoje “se flutua”, se navega e a Igreja descobre que não tem mais o controle sobre seu próprio discurso. Ele é apropriado por todas as instâncias sociais, de modo especial a mídia, que o interpreta num paradigma antropo-político. Dizer, por exemplo, que não se deve ordenar mulheres é norma da Igreja e aceita quem quer (liberdade de escolha). Isso pode dizer a instituição eclesiástica. Mas a “verdade” do mundo está em outro lugar. Objetivamente essa norma não é vista como desígnio de Deus para sua comunidade. É, sim, fruto de uma discriminação da mulher, herança da tradição patriarcal-machista. Mais ainda, vista como atitude preconceituosa fere os direitos humanos básicos. Bem, então se alega liberdade religiosa. O lugar social da Igreja e da religião mudou.

26 de novembro de 2012

On segunda-feira, novembro 26, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   Sem comentário


A IGREJA QUE VIVE E CELEBRA
"A Liturgia é o ponto alto para o qual se dirige a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte de onde emana toda a sua força. SC 10
* Já ouvimos esta afirmação?
*O que entendemos com ela?
*Tem consequências para a vida pastoral?




LITURGIA, CELEBRAÇÃO DO MISTÉRIO PASCAL DE CRISTO

"É desejo ardente da mãe Igreja que todos os fieis cheguem à plena, consciência e ativa participação na celebração litúrgica que a própria natureza da liturgia exige e à qual o povo cristão, "raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido" (1Pd 2,9; cf. 2,4-5), tem direito e obrigação, por força do batismo" (SC 14)

"Toda celebração deve se realizar com unção e ter um tom orante. As celebrações litúrgicas são celebrações da Igreja e fundadas na\ longa tradição liturgica: por isso, não cabe nelas inventar coisas, nem cultivar subjetividades. Muito menos devem ser palco de "shows" e esnobismos de grupos ou pessoas". (CNBB, Guia liturgico pastora, III, 9) 

22 de novembro de 2012

On quinta-feira, novembro 22, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   Sem comentário


Segundo este relato, Cecília seria da "nobre família romana dos Metelos, filha de senador romano e cristã desde a infância".Ela foi dada em casamento,contra a vontade,a um jovem chamado Valeriano. Se bem que tivesse alegado os motivos que a levavam a não aceitar este contrato, a vontade dos pais se impôs de maneira a tornar-lhe inútil qualquer resistência. Assim se marcaria o dia do casamento e tudo estava preparado para a grande cerimônia. Da alegria geral que estampava nos rostos de todos, só Cecília fazia exceção. A túnica dourada e alvejante peplo que vestia não deixavam adivinhar que por baixo existia o cilício, e no coração lhe reinasse a tristeza.
Estando só com o noivo, disse-lhe, Cecília com toda a amabilidade e não menos firmeza: “Valeriano, acho-me sob a proteção direta de um Anjo que me defende e guarda minha virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma contra mim, o que provocaria a ira de Deus contra ti”. A estas palavras, incompreensíveis para um pagão, Cecília fez seguir a declaração de ser cristã e obrigada por um voto que tinha feito a Deus de guardar a pureza virginal.
Disse-lhe mais: que a fidelidade ao voto trazia a bênção, a violação, porém, o castigo de Deus. Valeriano,ficou "vivamente impressionado" com as declarações da noiva, respeitou-lhe a virgindade, converteu-se e recebeu o batismo naquela mesma noite. Valeriano relatou ao irmão Tibúrcio o que tinha se passado e conseguiu que também ele se tornasse cristão.
Turcius Almachius, prefeito de Roma, "teve conhecimento da conversão do dois irmãos. Citou-os perante o tribunal e exigiu peremptoriamente que abandonassem, sob pena de morte, a religião que tinham abraçado. Diante da recusa formal, foram condenados à morte e decapitados". Também Cecília, " teve de comparecer na presença do juiz. Antes de mais nada, foi intimada a revelar onde se achavam escondidos os tesouros dos dois sentenciados. Cecília respondeu-lhe que os sabia bem guardados, sem deixar perceber ao tirano que já tinham achado o destino nas mãos dos pobres. Almachius, mais tarde, cientificado deste fato, enfureceu-se e ordenou que Cecília fosse levada ao templo e obrigada a render homenagens aos deuses. De fato foi conduzida ao lugar determinado, mas com tanta convicção falou aos soldados da beleza da religião de Cristo que estes se declararam a seu favor, e prometeram abandonar o culto dos deuses."
Almachius, "vendo novamente frustrado seu estratagema, deu ordem para que Cecília fosse trancada na instalação balneária do seu próprio palacete e asfixiada pelos vapores d’água. Cecília teria sido então protegida milagrosamente, e embora a temperatura tivesse sido elevada a ponto de tornar-se intolerável, ela nada sofreu". Segundo outros mitos, a Santa "foi metida em um banho de água fervente do qual teria saído ilesa".
Almachius recorreu então à pena capital." Três golpes vibrou o algoz sem conseguir separar a cabeça do tronco. Cecília, mortalmente ferida, caiu por terra e ficou três dias nesta posição. Aos cristãos que a vinham visitar dava bons e caridosos conselhos. Ao Papa entregara todos os bens, com o pedido de distribuí-los entre os pobres. Outro pedido fora o de transformar a sua casa em igreja, o que se fez logo depois de sua morte". Foi enterrada na Catacumba de São Calisto.
As diversas invasões dos godos e lombardos fizeram com que os Papas resolvessem a transladação de muitas relíquias de santos para igrejas de Roma. O corpo de Santa Cecília ficou muito tempo escondido, sem que lhe soubessem o jazigo.
Uma aparição da Santa ao Papa Pascoal I (817-824) trouxe luz sobre este ponto. Achou-se o caixão de cipreste que guardava as relíquias. O corpo, foi "encontrado intacto e na mesma posição em que tinha sido enterrado". O esquife foi "achado em um ataúde de mármore e depositado no altar de Santa Cecília". Ao lado da Santa acharam seu repouso os corpos de Valeriano, Tibúrcio e Máximo.
Em 1599, por ordem do Cardeal Sfondrati, foi aberto o túmulo de Santa Cecília e o corpo encontrado ainda na mesma posição descrita pelo papa Pascoal. O escultor Stefano Maderno que assim o viu, reproduziu em finíssimo mármore, em tamanho natural, a sua imagem.
A Igreja ocidental, como a oriental, têm grande veneração pela Mártir, cujo nome figura no cânon da Missa. O ofício de sua festa traz como antífona um tópico das atas do martírio de Santa Cecília, as quais afirmam que a Santa, nos festejos do casamento, ouvindo o som dos instrumentos musicais, teria elevado o coração a Deus nestas piedosas aspirações: “Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que não seja confundida”. Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música sacra. Sua festa é celebrada no dia 22 de Novembro, dia da Música e dos Músicos.
Compositores eruditos importantes como Henry Purcell, Georg Friedrich Händel e Benjamin Britten escreveram composições em sua honra, apareceu em poesias de John Dryden, Alexander Pope e W. H. Auden, e músicos populares também fizeram referência a ela, como Paul Simon, David Byrne e Brian Eno.

SANTA CECILIA - Rogai por nós junto a Jesus. 

12 de novembro de 2012

On segunda-feira, novembro 12, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   Sem comentário
CAMPANHA DA CONSTRUÇÃO DO MURO DO CEMITÉRIO DE SÃO MIGUEL
COREAÚ - CE


NO DIA DE FINADOS DESTE ANO DE 2012, APÓS A MISSA QUE ACONTECEU DEFRONTE O CEMITÉRIO DE NOSSA CIDADE O PÁROCO Pe. JLUCIONE LANÇOU A CAMPANHA PARA A CONSTRUÇÃO DO MURO DO CEMITÉRIO, A QUAL FOI RECEBIDA COM MUITA ALEGRIA PELOS PAROQUIANOS E HABITANTES DE NOSSA CIDADE.

PARA QUE POSSAMOS SUBIR O MURO DO CEMITÉRIO ESTAMOS PEDINDO A DOAÇÃO DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO (cimento, cal, areia, tijolo...).
AS DOAÇÕES PODEM SER FEITAS DIRETAMENTE NA SECRETARIA DA PAROQUIA, NA RESIDENCIA PAROQUIAL NA IGREJA.

CASO QUEIRAM DOAR O MATERIAL PODE SE REALIZADA A COMPRA NOS DEPÓSITOS DA CIDADE E ENTREGAR O RECIBO PARA SER RETIRADO A MERCADORIA POSTERIORMENTE.

AOS QUE RESIDEM FORA DA CIDADE DE COREAÚ PODEM TAMBÉM FAZER SUA DOAÇÃO ATRAVÉS DA CONTA:

BANCO DO BRASIL - AG. 1799-X   C/C: 51527-2  - PAROQUIA NOSSA SENHORA DA PIEDADE.

AGRADECEMOS SUA GENEROSA COLABORAÇÃO.
QUE O SENHOR VOS ABENÇOE.

Pe. JOSÉ LUCIONE QUEIROZ HOLANDA
              Pároco 

7 de novembro de 2012

On quarta-feira, novembro 07, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   Sem comentário
RELATÓRIO CONTÁBIL DAS ATIVIDADES DA PAROQUIA NOS ÚLTIMOS DEZ MESES DE 2012.     RECEITAS E DESPESAS  




4 de novembro de 2012

On domingo, novembro 04, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   Sem comentário

O olhar do teólogo
Que é ser santo hoje?
J. B. Libanio
Jornal de Opinião – abril de 2004
                   A pergunta sugere duas possibilidades de resposta. Existem os santos canonizados que se tornam conhecidos por nós por meio da proclamação oficial da Igreja. Ela criou um longo processo para canonizar alguém. Como todo percurso, ele tem prazos, exigências jurídicas, aprovações ou reprovações dos testemunhos. Deixarei de lado esse aspecto, por ser mais formal e externo. Ele supõe o mais importante, a saber, a santidade pessoal do candidato à canonização. No caso do P. Eustáquio, ainda não se trata de proclamá-lo santo. O processo está num estágio anterior. Ele está preste a ser beatificado. Uma pequena diferença: o santo é apresentado ao culto de toda a Igreja, o beato a uma região; o santo empenha mais seriamente o poder e o carisma de verdade da Igreja.
                   Mas a pergunta tem outra estrada a ser trilhada. Ela não se restringe somente aos que estão arrolados em processos de beatificação e canonização, mas vale de todo cristão. Um belo capítulo da Constituição dogmática sobre a Igreja do Concílio Vaticano II é dedicado à vocação universal à santidade na Igreja, isto é, de todo fiel. “Todos na Igreja, quer pertençam à hierarquia , quer sejam dirigidos por ela, são chamados à santidade” (LG n. 39. Então que é ser santo?
                   São Paulo não receia chamar os fiéis de suas comunidades de santos. Ele julgava que eles viviam a vida cristã com autenticidade e por isso eram santos, apesar de não desconhecer falhas e pecados nessas mesmas comunidades. Temos em suas cartas essas duas afirmações que não se excluem. O pecado não impede de caminharmos nas vias da santidade, desde que nos arrependamos dele, nos convertamos continuamente. Isto é já ser santo. Como ele mesmo escreve: “A vontade de Deus é esta: a vossa santificação” (1Ts 4,3).
                   A prática de Jesus com as pessoas serve de indicativo de que tipo de santidade ele pedia. Quando ele se deparou com o jovem rico, que tinha cumprido os mandamentos da Lei desde sua infância, Jesus lhe propõe o passo seguinte da renúncia dos bens e do seguimento. Ser santo para ele seria ter dado esse passo. Diz o evangelho que se foi triste. Deixou a carruagem da história passar. Perdeu uma ocasião de ser santo. Não sabemos de seu futuro. Porque Deus não passa uma só vez na vida. Continua chamando. Deixemo-lo nesse momento de perda.
                   A outros que provavelmente não eram tão bons como o jovem rico e vinham de uma vida de pecado, Jesus propõe simplesmente: “Vai em paz e não peques mais”. Abriu-se para a adúltera o caminho da santidade. A samaritana, que andava envolvida com tantos maridos, Jesus se revela como messias e a faz missionária entre os de seu povo. Enfim, Jesus toma a pessoa onde está e propõe um passo à frente. Então o caminho da santidade é nunca estarmos satisfeitos com o estado em que nos encontramos, mas avançar um pouco. Nunca determo-nos, nunca pensarmos ter já alcançado a meta.
                   Do início do cristianismo, temos uma jóia literária chamada Carta a Diogneto. Nela o autor desconhecido, responde a pergunta: que tem o cristão que o faz diferente dos outros? Seria a mesma coisa que dizer: que coisa significa a santidade do cristão? Responde de maneira singela. Ele faz as coisas que todo mundo faz, mas diferentemente. Tem um “mais”, um “excesso”  que é não quantitativo, mas qualitativo. Em termos de hoje, diria: Ele vê TV, dirige automóvel, estuda nas escolas e universidades, trabalha nas firmas, mas não da mesma maneira que os outros. Tem algo na conduta, no brilho do olhar, na bondade do gesto, na pureza do agir, na liberdade, na gratuidade que o faz distinto. Isso é ser santo.