Por Salvatore Cernuzio
ROMA, segunda-feira, 14 de abril de 2012 (ZENIT.org) - Nunca a cidade de Sansepolcro teria imaginado poder comemorar o milenário da sua fundação de modo melhor: na presença do Sucessor de Pedro. Bento XVI escolheu, de fato, próprio a cidadezinha como terceira etapa da sua Visita Apostólica na Toscana, desenvolvida ontem, domingo 13 de maio.
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Continuando a homilia da Missa matutina no Parque do Prato di Arezzo - onde exortou a Itália para reagir à tentação do desânimo e para repreender o caminho da renovação espiritual e ética – Bento XVI motivou os cristãos “a opor o compromisso e o amor pela responsabilidade”, como antídoto “à desconfiança pelo compromisso político e social".
Nesse sentido, observou: "O Milenário é uma oportunidade para fazer uma reflexão interior sobre os caminhos da fé e redescobrir as raízes cristãs, de modo que os valores evangélicos continuem a fecundar as consciências e a história cotidiana de todos vocês".
Mil anos atrás, na verdade, disse o Papa, "os santos peregrinos Arcano e Egidio, à busca da verdade e do significado da vida, se dirigiram para a Terra Santa". Retornando, nasceu neles "a idéia especial" de construir na Alta Valle do Tiber acivitas hominis à imagem de Jerusalém: "um modelo de cidade carregado de esperança para o futuro”, no qual “os discípulos de Cristo foram chamados a ser motores da sociedade”.
"O desafio corajoso deles tornou-se realidade", continuou o Santo Padre: "graças ao apoio do carisma beneditino e dos mongens camaldulenses” nasceu, então, Sansepolcro, uma aldeia constituída nos ideais da justiça e da paz.
Tal projeto dos fundadores, que chegou até os nossos dias, “não constitui somente o a principal identidade de Sansepolcro e da Igreja diocesana, mas também um desafio para preservar e promover o pensamento cristão, que está na origem desta cidade” acrescentou depois o Papa.
Palavras que querem enfatizar o engajamento cívico, ao qual todos os cristãos estão chamados: "Hoje – enfatizou de fato o Pontífice - há uma necessidade particular de que o serviço da Igreja no mundo se expresse com leigos fiéis iluminados, capazes de obrar dentro da cidade do homem, com a vontade de servir além do interesse privado e das visões parciais”. Cabe aos cristãos, então, "contribuir para o surgimento de uma nova ética pública" que visam aquele bem comum que "conta mais do que o bem do indivíduo", como nos lembra a “maravilhosa figura” do novo beato Giuseppe Toniolo.
O convite é dirigido especialmente aos jovens, que, "animados pela caridade evangélica que pede para não fechar-se em si mesmos, mas de preocupar-se pelos outros”, são chamados a opor o "compromisso e o amor pela responsabilidade diante do compromisso no campo político e social. "
"Tenham a coragem de ousar", exclamou o Papa para as novas gerações; "estejam preparados para dar novo sabor para toda a sociedade civil, com o sal da honestidade e do altruísmo desinteressado". Além do mais é esta, segundo o Papa, o “desafio” que está na frente desta antiga cidade: “harmonizar a redescoberta da própria identidade milenária com a acolhida e a incorporação de culturas e sensibilidades diversas”.
“Agradecemos a Deus – acrescentou – porque a vossa Comunidade diocesana amadureceu nos séculos uma ardente abertura missionária", graças também à união com o Patriarcado Latino de Jerusalém que "determinou frutos de colaboração e obras de caridade em favor dos irmãos mais necessitados da Terra Santa".
"Conscientes do passado e atentos ao presente, mas também projetados para o futuro": estes são, portanto, os verdadeiros cristãos de acordo com Bento XVI. Todos os fiéis da diocese de Arezzo-Cortona-Sansepolcro, portanto, "olhando para o rico patrimônio espiritual", são convidados a ser “uma Igreja viva ao serviço do Evangelho, uma Igreja hospitaleira e generosa, que com seu testemunho, faz presente o amor de Deus para cada ser humano, especialmente para os sofredores e os necessitados".
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