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18 de maio de 2012

On sexta-feira, maio 18, 2012 by Pe. Lucione Queiroz   Sem comentário


Faltam 14 dias para o início do Encontro Mundial das Famílias


Faltam 14 dias para o início do Encontro Mundial das FamíliasA 14 dias da chegada do Papa, Milão se prepara para acolher o mundo. Hoje, 16 de maio, os inscritos para o VII Encontro Mundial das Famílias provêm de 145 países, de todos os continentes. Depois da Itália, os países mais representados serão Espanha, França, Croácia e Argentina.
Uma realidade bastante significativa em Milão – os imigrantes – também estará presente. Dentre os estrangeiros residentes na cidade, os que mais se inscreveram até agora são os filipinos, seguidos pelos peruanos e equatorianos. O evento “Família, Trabalho e Festa” terá a ajuda de 5 mil pessoas voluntárias. A maioria deles é italiana, mas no total, 184 vêm de outros países. O voluntariado brasileiro estará na cidade ajudando na organização com 18 pessoas. Já os relatores do Congresso Teológico Pastoral, que durará dois dias (30 de maio a 1º de junho), serão de 27 países.
O evento já tem 5 mil inscritos, de 110 diferentes nacionalidades. Curiosidade: crianças de 3 a 17 anos poderão participar do evento, já que para elas está previsto o “Congresso dos jovens”, que debaterá o tema da família, do trabalho e da festa de modo adequado e diversificado para cada faixa de idade com jogos, animação, atividades lúdicas e instrutivas. O Papa estará em Milão, participando do Encontro, de 1º a 3 de junho.
O Brasil estará presente em Milão com uma delegação de bispos, ligados à Comissão para a Vida e a Família, da CNBB, além de sacerdotes, religiosas, e naturalmente, famílias. O casal Simão e Ana Duarte dos Santos é membro do Pontifício Conselho para a Família. Engajados no Rio de Janeiro como agentes de pastoral, preparam noivos para o matrimônio e lhes explicam o que é uma vida a dois. Simão garante que com este trabalho, cada vez mais casais não unidos sacramentalmente estão optando por fazê-lo.
“Como agente pastoral familiar, nosso trabalho é ligado eminentemente junto às famílias. E o que nos estamos vendo é a falta de preparação para o matrimônio. No Brasil, estamos preparando melhor os casais para assumir este compromisso e entender o que é o matrimônio cristão católico. Temos obtido uma série de sucessos, a diminuições das separações de casais que passam pelo mundo da pastoral, que fazem cursos de noivos, que se preparam para isso. Temos visto um entendimento melhor do que é um matrimônio, uma vida a dois, e a redução do número de separações tem sido constante. O aumento tem sido em função também do aumento populacional, das uniões estáveis, das uniões que não têm o sacramento matrimonial, somente a união cível. Posso afirmar que a realização e regularização de matrimônios têm aumentado constantemente”.
Do Brasil, Simão e Ana levarão a Milão um esboço sobre o relatório que vêm preparando na orientação para a preparação ao matrimônio:
“Nosso grande trabalho para este ano foi o que nos foi pedido pelo Pontifício Conselho para a Família: a unificação do documento que vai abordar toda forma de tratamento da preparação do matrimônio. Levaremos isto a Milão, nossa colaboração de como está agindo o Brasil na preparação destes noivos, para que o Conselho possa elaborar um documento a nível mundial sobre a preparação ao matrimônio”. “O tema do Encontro: “Família, Trabalho e Festa”, quer demonstrar que o trabalho, a família e a diversão têm que estar intimamente ligados. Não se pode separar nem dar valores diferentes a eles. Para que a família tenha harmonia, devemos atender os pressupostos educação, lazer, religião e trabalho. Isto foi muito sabiamente demonstrado pelo Santo Padre ao escolher o tema deste Encontro Mundial”.
Simão e Ana, que se casaram aos 19 e 17 anos, estão festejando suas bodas de ouro nestes dias. Qual é a fórmula do sucesso de uma união tão duradoura?
“O respeito, em primeiro lugar, das individualidades e da personalidade. Ninguém pode transformar ninguém. Eu sou filho de índio, ela é filha de europeus; eu sou Flamengo, ela torce pelo Vasco; eu gosto de feijoada, ela gosta de bacalhoada. Temos gostos completamente diferentes, temos que nos adaptar, entender, harmonizar. Ela gosta de praia, eu de serra. Mas que estes 50 anos juntos estão na força do respeito aos gostos, às individualidades, ao tratamento... enfim, a palavra básica e objetiva é respeito à individualidade: entender o outro ser como ele o é, e não querer transformá-lo em mim, naquilo que eu sou”. fonte: http://www.cnbb.org.br/site/comissoes-episcopais/vida-e-familia/9312-faltam-14-dias-para-o-inicio-do-encontro-mundial-das-familias

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