25 de maio de 2016
On quarta-feira, maio 25, 2016 by Paróquia N. Senhora da Piedade - Coreaú - CE
A
Liturgia da Igreja propõe, no Missal Romano, um formulário próprio para cada celebração
Eucarística, que se compõe de duas antífonas — de entrada e de comunhão — e
três coletas: a oração do dia, a oração sobre as oferendas e oração depois da
comunhão. Oportunamente, trataremos de cada um destes elementos. No momento,
nossa atenção vai para as antífonas.
Mesmo que o Missal proponha apenas
duas antífonas, a Missa comporta outras antífonas, como por exemplo, a antífona
aclamatória do Evangelho que, com exceção do Tempo da Quaresma, é iniciada pelo
“aleluia”. Nos demais tempos litúrgicos, a cantam-se “antífonas aleluiáticas”.
Tem ainda a antífona do rito ofertorial, que não se encontra no Missal, mas em
outro livro litúrgico, o Gradual. Outro uso da antífona é no salmo responsorial
que, no Brasil, é traduzida como refrão, quando deveria ser entendida como
antífona responsorial. A Missa, portanto, tem cinco antífonas: de entrada, do
salmo responsorial, da aclamação ao Evangelho, das ofertas e da comunhão.
História
As antífonas são usadas desde a
antiguidade cristã. A maior parte do antifonário católico é composta por um
versículo Bíblico, muitos deles escolhidos dos salmos, mas também com
versículos de outros Livros da Sagrada Escritura. Na antífona de comunhão, por
exemplo, um bom número encontra inspiração no Evangelho, fazendo assim o papel
de ponte entre a Mesa da Palavra e a Mesa da Eucaristia. Aliás, seria
interessante que as antífonas de comunhão sempre se inspirassem no Evangelho do
dia para haver essa sintonização entre as duas Mesas, da Palavra e da
Eucarística. Esta é, portanto, uma característica da antífona: ser proposta na
forma de um versículo Bíblico, uma frase ou um pensamento extraído do Livro
Santo.
Em algumas Missas, a antífona é
formada com uma frase que resume o sentido da celebração. Na antiguidade, as
antífonas eram usadas nas Liturgias como um verso bíblico a ser repetido pela
assembléia celebrante. O salmista, portanto, cantava a antífona, e esta era
repetida pelos celebrantes. É o que nós fazemos em nossas celebrações
Eucarísticas aqui no Brasil, no canto do Salmo responsorial. Mas, nada se
prescreve em contrário, que a procissão de entrada seja cantada com um salmo e
a assembléia participe com uma antífona responsorial, como aliás, é feito nas
atuais Missas Pontificais do Vaticano. Hoje, no Brasil, muitos cantos de
comunhão seguem o mesmo princípio antifonal, com uma frase do Evangelho
dominical que dá sentido ao rito da comunhão.
Em tempos idos, a antífona indicava
também o “tom do salmo”, quer dizer, a frase melódica do salmo, com qual
melodia este deveria ser cantado. Uma prática muito usada, ainda hoje, na
Liturgia das Horas.
Função celebrativa
Existe grande escassez de estudos (ao
menos no Brasil) quanto à função celebrativa da antífona. A maior parte das
comunidades sequer as conhece e muitos desconhecem sua função. Por isso,
simplesmente a ignoram e não lhe fazem uso. Para entender sua função celebrativa,
especialmente na Missa (foco desse texto), lembramos que todas as orações
(exceto aquelas dos fiéis, embora nem sempre sejam exceção) proclamadas na
celebração Eucarística (especialmente as coletas e os Prefácios) tem fundamentação
ou inspiração na Bíblia. A partir deste princípio, entende-se que a antífona tenha
a função de sintonizar os celebrantes com um pensamento bíblico desde o
primeiro movimento celebrativo, que é a procissão inicial. Por isso, do ponto
de vista da espiritualidade litúrgica, as antífonas deveriam ser móveis, com a
possibilidade de serem escolhidas a partir da Liturgia da Palavra. O fato de
estarem no Missal passa uma idéia de que obrigatoriamente devem ser usadas as
prescritas no formulário de cada Missa. Quanto a isso, a Instrução do Missal
Romano orienta a necessidade da aprovação da Conferência Episcopal (IGMR 392).
Outra função das antífonas é seu
aspecto exortativo. Neste sentido as antífonas funcionam como uma monição ou,
se quiserem, um modo de chamar atenção, acendendo nos celebrantes uma luz Bíblica,
para que possam entrar na celebração com pensamentos da Palavra de Deus. Não se
trata de uma monição como as sugeridas em diferentes momentos celebrativos, mas
uma espécie de memória bíblica cantada, que acompanha o rito processional do
canto de entrada e, no caso da comunhão, do canto de comunhão. A CNBB e os
músicos conhecedores de Liturgia fizeram um bom trabalho nesse sentido,
propondo a antífona de entrada e de comunhão nos respectivos ritos. Em resumo,
entende-se a monição como um modo de introduzir os celebrantes no contexto
ritual a partir de uma iluminação bíblica, que é a da antífona.
IGMR 48 e IGMR 87
Sobre as orientações das antífonas,
vamos considerar dois números da Instrução Geral do Missal Romano (IGMR). A
IGMR 48 refere-se ao contexto dos Ritos Iniciais, quanto ao canto inicial, mais
especificamente: “O canto é executado
alternadamente pelo grupo de cantores e pelo povo, ou pelo cantor e pelo povo,
ou só pelo grupo de cantores. Pode-se usar a antífona com seu salmo, do Gradual
romano ou do Gradual simples, ou então outro canto condizente com a ação
sagrada e com a índole do dia ou do tempo, cujo texto tenha sido aprovado pela
Conferência dos Bispos. Não havendo canto à entrada, a antífona proposta no
Missal é recitada pelos fiéis, ou por alguns deles, ou pelo leitor; ou então,
pelo próprio sacerdote, que também pode adaptá-la a modo de exortação inicial”.
O texto explica que o rito
processional que inicia a celebração poderá ser feito com uma canção ou com o
uso da antífona com seu salmo. Quer dizer, existem antífonas e salmos próprios
para os ritos da celebração, como é o caso da procissão inicial, que se
encontra no Livro Litúrgico chamado “Gradual Romano” ou “Gradual Simples”
(simplex). O que mais interessa é a segunda parte do texto, quando orienta que
a antífona, além de servir como recitativo que acompanha a procissão inicial,
pode ser usada como monição (exortação) inicial. O padre, portanto, pode se
servir da antífona, como fonte de inspiração, para convidar os celebrantes a se
sintonizarem com o Mistério que será celebrado na Eucaristia. O texto da IGMR
87 repete praticamente o que já está proposto na IGMR 48, mas desta vez
orientando quanto ao rito de comunhão. O final da IGMR 87 diz: “Não havendo canto, a antífona proposta no
Missal pode ser recitada pelos fiéis, por alguns dentre eles ou pelo leitor, ou
então pelo próprio sacerdote, depois de ter comungado, antes de distribuir a
Comunhão aos fiéis.”
Chama atenção o fato que a
orientação se refere à proclamação da antífona antes da comunhão dos fiéis. Claro
que isso tem sua finalidade: contextualizar os celebrantes com o rito, no qual
irão participar através de um pensamento Bíblico, proveniente preferencialmente
da Liturgia da Palavra. De onde, novamente, a conveniência que a mesma
mantivesse uma relação com a Mesa da Palavra.
Conclusão
As antífonas representam uma fonte
totalmente aberta a serem exploradas ritualmente nas celebrações Eucarísticas, em
vista de um contexto espiritual, no qual a celebração vem contextualizada.
Serginho Valle
FONTE: http://liturgiasal.blogspot.com.br/2016/05/antifonas-na-celebracao-eucaristica.html
17 de maio de 2016
On terça-feira, maio 17, 2016 by PeJose
AGENDA PASTORAL DESTA SEMANA: 16 A
21/05/2016
16/05/2016 -
segunda
19h – Novena / Celebração – Santa Quitéria
17/05/2016 - terça
19h – Louvor e Adoração – Capela São Francisco
19h – Novena / Celebração – Malhada Vermelha
19h – Formação MESC – Centro Past., Fr. Leônidas
18/05/2016 - quarta
19h – Novena / Celebração – Malhada Vermelha
19h – Missa Bairro Alto Isaias
19/05/2016 -
quinta
08 – 17h – Adoração/Confissões – Igreja Matriz
17h – Missa Matriz
19h – Missa Mucambo
19h – Novena / Celebração – Malhada Vermelha
20/05/2016 - sexta
18h – Missa Gado Bravo
19h – Novena / Celebração – Malhada Vermelha
19h30 – Missa Boqueirão
21/05/2016 – sábado
08h – Reunião Coroinhas
17h – Missa Cunhaçu
17h – Batizados Malhada Vermelha
19h – Missa Matriz
19h – Novena / Celebração – Malhada Vermelha logo após Leilão
12 de maio de 2016
On quinta-feira, maio 12, 2016 by PASCOM - coreaú Sem comentário
De 13 a 22 de maio de 2016, ocorrerá a Festa de Santa Rita de Cássia na comunidade de Malhada Vermelha. A primeira festa de padroeiro de 2016 na paróquia de Coreaú.
11 de maio de 2016
On quarta-feira, maio 11, 2016 by Paróquia N. Senhora da Piedade - Coreaú - CE
Maio é o mês por excelência em que o nosso pensamento se volta para Maria. Com ela, podemos viver mais intensamente a nossa identidade de discípulos missionários da misericórdia. Maria é «aquela que, de modo particular e excecional — como ninguém mais —, experimentou a misericórdia e, também de modo excecional, tornou possível com o sacrifício do coração a sua participação na revelação da misericórdia divina. […] Maria é aquela que conhece mais profundamente o mistério da misericórdia divina. […] Neste sentido chamamos-lhe Mãe da misericórdia, Nossa Senhora da Misericórdia, ou Mãe da divina misericórdia» (João Paulo II, Carta Encíclica sobre a misericórdia divina, 9). O Catecismo da Igreja Católica (número 2677) lembra que, na «Ave Maria», pedir «rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte» é recorrer à «Mãe de Misericórdia». A celebração jubilar reforça o convite a imitar Maria como discípula missionária da alegria da misericórdia. «A doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus. Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu amor. Escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, Maria foi preparada desde sempre, pelo amor do Pai, para ser Arca da Aliança entre Deus e os homens. Guardou, no seu coração, a misericórdia divina em perfeita sintonia com o seu Filho Jesus. O seu cântico de louvor, no limiar da casa de Isabel, foi dedicado à misericórdia que se estende ‘de geração em geração’ (Lucas 1, 50). Também nós estávamos presentes naquelas palavras proféticas da Virgem Maria […]. Ao pé da cruz, Maria, juntamente com João, o discípulo do amor, é testemunha das palavras de perdão que saem dos lábios de Jesus. O perdão supremo oferecido a quem O crucificou, mostra-nos até onde pode chegar a misericórdia de Deus. Maria atesta que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém. Dirijamos-lhe a oração, antiga e sempre nova, da ‘Salve Rainha’, pedindo-lhe que nunca se canse de volver para nós os seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho Jesus» (Francisco, Bula de Convocação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, 24).
fonte: http://labfe.pt/maio-mes-de-maria-mae-de-misericordia/
7 de maio de 2016
On sábado, maio 07, 2016 by PeJose
O LUGAR DE MARIA NA LITURGIA
Penha Carpanedo
A
Sacrosanctum concilium (SC) situou a liturgia no conjunto da história da
salvação que tem seu ponto central no mistério pascal de Jesus Cristo (cf. SC
5-8). Concentrando toda a história da salvação no mistério de Cristo, A
Igreja, partir deste eixo, lê, celebra,
atualiza as maravilhas de Deus, ao longo do ano litúrgico, através das diversas
celebrações: da palavra, da eucaristia, dos sacramentos e sacramentais e do
ofício divino.
O
Concílio pediu que o ano litúrgico fosse revisto e resgatado o seu sentido
original de acordo com as condições atuais, tendo como centro o memorial da
páscoa de Jesus. Destaca o domingo como
dia de alegria e de celebração acima de qualquer outra solenidade, dando ao
próprio do tempo o seu justo lugar. O calendário é revisto de acordo com os
ritmos diário, semanal e anual (Cf. SC 102).
É no
ciclo anual da celebração dos mistérios de Cristo que a Igreja venera as
testemunhas do mistério pascal (cf. SC 104), especialmente, a bem-aventurada
virgem Maria, Mãe de Deus, em quem vê e exalta o mais excelso fruto da redenção
(cf. SC 103). A exortação apostólica Marialis Cultus afirma que a
reforma litúrgica, com a restauração do calendário geral, "permitiu que
nele fosse inserida de maneira mais orgânica, e com uma ligação mais íntima, a
memória da mãe no ciclo dos mistérios do Filho (n. 2).
Maria
está intimamente ligada ao mistério do Filho, e sua missão está unida a dele,
desde o seu nascimento até à cruz e ressurreição. Por isso, desde o início a
intuição da fé incluiu na memória da páscoa de Jesus a memória de sua mãe,
valendo-se de sua intercessão e olhando Maria como a "cheia de
graça", símbolo do Israel fiel, a discípula grávida do Verbo, primeira
entre as(os) discípulas(os) de Jesus, "aquela que acreditou" e que
seguiu Jesus até o fim. A liturgia, assumindo o poder da oração de Maria, tão
fortena devoção popular,
reforça a sua condição de criatura em relação a Deus e de discípula em relação
ao Cristo, evitando atribuir a Maria título ou função própria de Cristo.
A
memória de Maria aparece organicamente inserida no conjunto do ano litúrgico,
especialmente, nos tempos e festas que guardam uma relação especial com ela. O
ciclo privilegiado é o do Natal a começar pelo advento, principalmente, nas
férias dos dias 17 a 24 de dezembro, no 4o domingo do advento e,
depois, as festas e tempo do Natal. É uma memória continuada daquela "que
esperou com amor de mãe" e "deu ao mundo o salvador".
Outras
referências à Maria ocorrem ao longo do ano litúrgico. Além das solenidades,
festas e memórias, em cada missa, Maria é sempre evocada no momento das
intercessões pela Igreja, como peregrina e companheira, neste nosso caminhar,
junto com os apóstolos e todos os santos. As completas da Liturgia das Horas
concluem-se com um cântico Mariano, que
traz, no tempo da páscoa, uma antífona especial "Rainha dos céus
alegrai-vos". A Igreja retoma, em sua liturgia, em cada entardecer, a ação
de graças a Deus pela encarnação do Verbo, cantando o cântico de Maria,
colocando-nos dentro do sentido do culto mariano.
Perguntas para a
reflexão pessoal e em grupos
Ø Qual a compreensão
que você tem sobre o lugar de Maria na obra da redenção?
Ø Como isso aparece
na liturgia da sua comunidade?
Ø O que pode ser
feito para integrar melhor a devoção popular na liturgia?
fonte: Formação Liturgica em Multirão; CNBB - Rede Celebra Ficha 42
2 de maio de 2016
On segunda-feira, maio 02, 2016 by Paróquia N. Senhora da Piedade - Coreaú - CE
Nós buscamos
um relacionamento sincero com Deus
através da oração, do cuidado com o templo, com o zelo pelos mais pobres, e de
muitas outras maneiras. No entanto, por vezes trabalhamos de forma isolada, com
doações dominicais e algumas ações esporádicas dentro das comunidades. Todas as
comunidades precisam crescer tanto em espiritualidade como em organização para
proporcionar aos seus membros possibilidades de criar um relacionamento
fraterno, com locais que facilitem o aprendizado, a oração e também o
divertimento. Os espaços precisam ser mantidos, ampliados e se tornar mais
aconchegantes de maneira que todos possam ser bem atendidos na casa de Deus.
Assim também nós precisamos crescer na Fé, tornando-nos mais responsáveis com a
comunidade em que vivemos e que nos acolhe. O Dízimo é uma ferramenta
importantíssima para o nosso crescimento no exercício da Fé, pois nos permite
transformar em ato concreto todo nosso desejo de crescimento espiritual e
desapego das coisas materiais. Através do Dízimo nossas comunidades podem se
organizar, planejar e desenvolver aquilo que desejam e necessitam, pois todos
colaboram de forma organizada e sistemática. Uma tomada de consciência de que
nosso Dízimo trazido na comunidade vai amparar, cuidar e promover a vida levará
todos os seus membros a um grande desejo de viver intensamente a partilha.
Enfim, podemos promover a manutenção da nossa Fé também através de atos
concretos dentro e fora de nossas comunidades, proporcionando o nosso crescimento
e de nossos irmãos.
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