19 de julho de 2013
On sexta-feira, julho 19, 2013 by Pe. Lucione Queiroz
Parte III - segunda parte...
II - O SERVIÇO À
VIDA
1) A
transmissão da vida
Cooperadores
do amor de Deus
Criador
28.Com a criação
do homem e da mulher à sua imagem e semelhança, Deus coroa e leva à perfeição a
obra das suas mãos: Ele chama-os a uma participação especial do seu amor e do
seu poder de Criador e de Pai, mediante uma cooperação livre e responsável
deles na transmissão do dom da vida humana: «Deus abençoou-os e disse-lhes:
"crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra"»(80).
Assim a tarefa
fundamental da família é o serviço à vida. É realizar, através da história, a
bênção originária do Criador, transmitindo a imagem divina pela geração de
homem a homem(81).
A fecundidade é
o fruto e o sinal do amor conjugal, o testemunho vivo da plena doação recíproca
dos esposos: «O autêntico culto do amor conjugal e toda a vida familiar que
dele nasce, sem pôr de lado os outros fins do matrimônio, tendem a que os
esposos, com fortaleza de animo, estejam dispostos a colaborar com o amor do
Criador e Salvador, que por meio deles aumenta cada dia mais e enriquece a
família»(82).
A fecundidade do
amor conjugal não se restringe somente à procriação dos filhos, mesmo que
entendida na dimensão especificamente humana: alarga-se e enriquece-se com
todos aqueles frutos da vida moral, espiritual e sobrenatural que o pai e a mãe
são chamados a doar aos filhos e, através dos filhos, à Igreja e ao mundo.
A doutrina
e a norma sempre antigas
e sempre novas da Igreja
29.
Exactamente porque o amor dos cônjuges é uma participação singular no mistério
da vida e no amor do próprio Deus, a Igreja tem consciência de ter recebido a
missão especial de guardar e de proteger a altíssima dignidade do matrimônio e
a gravíssima responsabilidade da transmissão da vida humana.
Desta maneira,
na continuidade com a tradição viva da comunidade eclesial através da história,
o Concílio Vaticano II e o magistério do meu Predecessor Paulo VI, expresso
sobretudo na encíclica Humanae Vitae, transmitiram aos nossos
tempos um anúncio verdadeiramente profético, que reafirma e repõe, com clareza,
a doutrina e a norma sempre antigas e sempre novas da Igreja sobre o matrimônio
e sobre a transmissão da vida humana.
Por isso, os
Padres Sinodais declaram textualmente na última Assembléia: «Este Sacro Sínodo
reunido em união de fé com o Sucessor de Pedro, sustenta firmemente o que foi
proposto pelo Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes, 50 e, depois, pela
encíclica Humanae Vitae, e em particular que o amor
conjugal deve ser plenamente humano, exclusivo e aberto a nova vida (Humanae Vitae, 11 e cfr. 9 e 12)»(83).
A Igreja
está do lado da vida
30.A doutrina da
Igreja coloca-se hoje numa situação social e cultural que a torna mais difícil
de ser compreendida e ao mesmo tempo mais urgente e insubstituível para
promover o verdadeiro bem do homem e da mulher.
De fato o
progresso científico-técnico que o homem contemporâneo amplia continuamente no
domínio sobre a natureza, não só desenvolve a esperança de criar uma humanidade
nova e melhor, mas gera também uma sempre mais profunda angústia sobre o
futuro. Alguns perguntam-se se viver é bom ou se não teria sido melhor nem
sequer ter nascido. Duvidam, portanto, da liceidade de chamar outros à vida,
que talvez amaldiçoarão a sua existência num mundo cruel, cujos terrores nem
sequer são previsíveis. Outros pensam que são os únicos destinatários das
vantagens da técnica e excluem os demais, impondo-lhes meios contraceptivos ou
técnicas ainda piores. Outros ainda, manietados como estão pela mentalidade
consumística e com a única preocupação de um aumento contínuo dos bens
materiais, acabam por não chegar a compreender e portanto por rejeitar a
riqueza espiritual de uma nova vida humana. A razão última destas mentalidades
é a ausência de Deus do coração dos homens, cujo amor só por si é mais forte do
que todos os possíveis medos do mundo e tem o poder de os vencer.
Nasceu assim uma
mentalidade contra a vida (anti-life mentality), como emerge de muitas
questões actuais: pense-se, por exemplo, num certo pânico derivado dos estudos
dos ecólogos e dos futurólogos sobre a demografia, que exageram, às vezes, o
perigo do incremento demográfico para a qualidade da vida.
Mas a Igreja crê
firmemente que a vida humana, mesmo se débil e com sofrimento, é sempre um
esplêndido dom do Deus da bondade. Contra o pessimismo e o egoísmo que
obscurecem o mundo, a Igreja está do lado da vida: e em cada vida humana sabe
descobrir o esplendor daquele «Sim», daquele «Amém» que é o próprio Cristo (84). Ao «não» que invade e aflige o
mundo, contrapõe este «Sim» vivente, defendendo deste modo o homem e o mundo de
quantos insidiam e mortificam a vida.
A Igreja é
chamada a manifestar novamente a todos, com uma firme e mais clara convicção, a
vontade de promover, com todos os meios e de defender contra todas as insídias
a vida humana, em qualquer condição e estado de desenvolvimento em que se
encontre.
Por tudo isto a
Igreja condena como ofensa grave à dignidade humana e à justiça todas aquelas
actividades dos governos ou de outras autoridades públicas, que tentam limitar
por qualquer modo a liberdade dos cônjuges na decisão sobre os filhos.
Consequentemente qualquer violência exercitada por tais autoridades em favor da
contracepção e até da esterilização e do aborto procurado, é absolutamente de
condenar e de rejeitar com firmeza. Do mesmo modo é de reprovar como gravemente
injusto o fato de nas relações internacionais, a ajuda económica concedida para
a promoção dos povos ser condicionada a programas de contracepção,
esterilização e aborto procurado85.
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