14 de agosto de 2015
On sexta-feira, agosto 14, 2015 by PeJose
Presidente da CNBB, dom Sergio
da Rocha, deseja uma Igreja mais presente na sociedade
SEGUNDA, 10 AGOSTO 2015 14:27
CNBB
Diálogo, comunhão e missão são metas
que motivam as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil (DGAE) para o
quadriênio 2015-2019. Em entrevista à revista Bote Fé, da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da
instituição, dom Sergio da Rocha, explicou que a nova gestão da entidade quer
trabalhar com novo ardor e empenho, dando atenção especial à vida comunitária e
pastoral.
“Seja a CNBB sempre mais
instrumento de diálogo no interior da Igreja e com a sociedade; de comunhão
eclesial, em seus vários níveis; e de animação da missão evangelizadora”, disse
dom Sergio.
Para o presidente da Conferência, a Igreja quer ser
casa para todos, comunidade que compartilha alegrias e esperanças, tristezas e
angústias. “Necessitamos ser cada vez mais Igreja solidária e servidora, a
serviço da vida, da justiça e da paz”, pontua o arcebispo.
Confira a íntegra da
entrevista com dom Sergio.
Dom Sergio, como a
CNBB pretende animar as cinco urgências das Diretrizes Gerais da Ação
Evangelizadora no Brasil (DGAE) no quadriênio 2015-2019?
As cinco urgências
assumidas são as mesmas do quadriênio anterior, que podem ser resumidas nas
seguintes palavras: missão permanente, iniciação cristã, animação bíblica,
comunidade e serviço à vida. A opção por "atualizar", ao invés de
elaborar novas Diretrizes, expressa a importância de se continuar as principais
propostas pastorais das Diretrizes anteriores, acolhidas e vividas nos últimos
quatro anos. No planejamento da ação evangelizadora, à luz das novas
Diretrizes, é importante considerar não apenas os novos aspectos, mas redobrar
o empenho para continuar a considerar atentamente os cinco desafios e a por em
prática as cinco perspectivas pastorais. O que foi realizado, no quadriênio
anterior, não esgota as cinco urgências ou perspectivas pastorais. Além disso,
pela sua importância e amplitude, são propostas de validade permanente.
O que representa essa
reflexão nas Diretrizes: “Quero uma Igreja missionária, solidária e que saiba
ouvir?”
Nas DGAE, procuramos
ressaltar a eclesiologia presente nos documentos do Concílio Vaticano II, cujo
Jubileu estamos celebrando, e o ensinamento que o papa Francisco tem nos
transmitido por meio de pronunciamentos sobre a Igreja e de gestos pessoais de
grande significado eclesiológico. Por isso, dentre as características da
Igreja, são enfatizadas: a missão, a solidariedade, a misericórdia, o diálogo e
a acolhida. Tais traços e posturas não são novos, pois sempre estiveram
presentes no Magistério da Igreja, mas devem ser vividos com novo ardor e
empenho, recebendo atenção especial na vida comunitária e na pastoral.
As Diretrizes foram
atualizadas a partir do magistério do papa Francisco, o que o texto traz de
novidade?
As novas Diretrizes são situadas no atual momento
vivido pela Igreja, com o pontificado do Papa Francisco. No contexto do Jubileu
Extraordinário da Misericórdia, do Jubileu de Ouro do Concílio Vaticano II, do
Ano da Paz e do Ano da Vida Consagrada. De modo especial, há uma acolhida
generosa da Evangelii Gaudium. Iluminados e
animados por este valioso documento do papa Francisco, queremos ser uma Igreja,
mãe misericordiosa e acolhedora, de portas abertas; uma “Igreja em saída”, que
vai ao encontro de todos, especialmente dos mais pobres e sofredores, para
compartilhar a alegria do Evangelho. Uma leitura atenta das DGAE revela
claramente que muitas reflexões e propostas pastorais são inspiradas nas
passagens da Evangelii Gaudium citadas em grande
número no texto.
Qual a meta principal
desta nova gestão da presidência da CNBB?
O que buscamos por
meio da CNBB poderia ser resumido em três palavras muito preciosas, que devem
nortear a nossa atuação: diálogo, comunhão e missão. Seja a CNBB sempre mais
instrumento de diálogo no interior da Igreja e com a sociedade; de comunhão
eclesial, em seus vários níveis; e de animação da missão evangelizadora. Para
tanto, é preciso valorizar sempre mais a Assembleia Geral e os Conselhos
Permanente e de Pastoral. Nesta perspectiva, queremos dar especial atenção ao
cumprimento das decisões tomadas colegialmente pelos Bispos, a começar das
DGAE. Além disso, continuamos a cultivar, com grande empenho, a comunhão com o
Santo Padre, o papa Francisco.
“Igreja a serviço da
vida plena para todos” é uma das cinco urgências. De que maneira pretende-se
fomentar essa comunhão efetiva entre as pessoas?
A Igreja quer ser
casa para todos, comunidade que compartilha alegrias e esperanças, tristezas e
angústias. Necessitamos ser cada vez mais Igreja solidária e servidora, a
serviço da vida, da justiça e da paz. Para isso, as DGAE destacam a
importância da vida comunitária e da participação dos leigos e leigas na
sociedade, como “sal da terra” e “luz do mundo”, segundo a palavra de Jesus. As
iniciativas pessoais e espontâneas são sempre muito importantes, mas não
bastam. É preciso organizar, de modo comunitário, o serviço da caridade, da
justiça e da paz. Daí, a importância das pastorais sociais e de movimentos
eclesiais dedicados à evangelização dos campos da política, da economia e da
cultura, com a defesa incondicional da vida.
Fonte: Revista Bote Fé CNBB, com imagem
da assessoria de imprensa da arquidiocese de Brasília.
http://www.cnbb.org.br/imprensa-1/17095-presidente-da-cnbb-dom-sergio-da-rocha-deseja-uma-igreja-mais-presente-na-sociedade
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