Business

8 de maio de 2014

On quinta-feira, maio 08, 2014 by PASCOM - coreaú
Cardeal Peter Turkson ressalta a necessidade dos empresários cristãos se comprometerem com a construção de uma economia cada vez mais a serviço do bem comum
 
O Presidente do Pontifício Conselho da Justiça e Paz (CPJP), Cardeal Peter Turkson, sublinhou na última terça-feira (06), em Lisboa, a necessidade dos empresários cristãos se comprometerem com a construção de uma economia cada vez mais a serviço do bem comum.
 
Num encontro com gestores de diversas áreas de atividade, no âmbito da apresentação, em Portugal, do documento “A vocação do líder empresarial”, o purpurado exortou os participantes a “não separarem no seu quotidiano, a fé da atividade profissional”.
 
“Trata-se de colocar a fé também no centro do mundo dos negócios. Os cristãos têm de se conscientizar de que a fé não pode ser uma matéria guardada no íntimo de cada um, mas sim uma relação que inspira à ação, a um estilo de vida que corresponda a essa crença”, frisou o cardeal ganense, em entrevista à Agência Ecclesia.
 
Criado pelo CPJP, o texto disponível em 15 línguas incluindo o português, surge como um manual prático de conduta para os empresários de todo o mundo.
 
Uma das principais interpelações presentes no documento é que os “agentes econômicos sejam continuadores, na sociedade, da força criadora de Deus”.
 
Entre outros aspetos, o livro de 32 páginas destaca que a atividade empresarial deve ser um motor de “paz e prosperidade”, gerando não só riqueza material, mas também “produzindo bens que sejam realmente bons e serviços que servem verdadeiramente; estando alerta para as oportunidades de servirem as populações carentes; promovendo a especial dignidade do trabalho humano”; sendo “justas na alocação dos recursos”.
 
Para o Cardeal Turkson, é essencial que a mensagem passe para “as novas gerações de líderes”, e para isso é preciso “ir à fonte”, em ligação com as universidades e institutos educacionais, e inculcar nos jovens um novo tipo de “conduta social” que tenha em atenção os princípios presentes na Doutrina Social da Igreja como a solidariedade e a caridade.
 
“Estes princípios não devem ser vistos como algo oposto às regras de gestão, mas sim como algo que pode ajudar e inspirar as pessoas a encararem a sua atividade de outra perspectiva”, salientou o purpurado.
 
Além de ressaltar o combate de problemas como a injustiça, a fraude ou a concorrência desleal no mundo dos negócios, a Igreja Católica sublinha a importância de encarar a gestão como um “serviço” onde deve haver cada vez mais lugar para noções como a “gratuidade” e a “caridade”.
 
Fonte: Rádio Vaticano