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9 de maio de 2014

On sexta-feira, maio 09, 2014 by PASCOM - coreaú
Penúltimo dia de atividades da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, reunidos em cerca de 350 no Santuário Nacional de Aparecida. Os temas em discussão estão na reta final com a aprovação de vários textos como a Questão Agrária. A celebração desta manhã na Basílica de Nossa Senhora foi presidida por Dom Jacinto Bergmann, Arcebispo de Pelotas, RS, e concelebrada pelos Bispos referenciais de Catequese dos Regionais.
Ainda nesta manhã ocorreram encontros reservados e o tema do Projeto Brasil, que diz respeito à Cartilha para as Eleições.
Na coletiva de imprensa de ontem, com a participação do Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta; do Bispo de Balsas (MA) e Presidente da Comissão Pastoral da Terra, Dom Enemésio Lazzaris; e do Bispo auxiliar de Campo Grande (MS), Dom Eduardo Pinheiro, um dos temas foi “As consequências e os desafios pastorais da evangelização da juventude no Brasil” após a Jornada Mundial da Juventude Rio2013. Esse tema também entrou no debate dos bispos. A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB cujo Presidente é Dom Eduadro, vem articulando ações pastorais nos regionais e dioceses com o objetivo de dar continuidade aos trabalhos de evangelização iniciados pela JMJ.
Ontem a discussão sobre o tema da Questão Agrária brasileira refletido pelos bispos presentes na Assembleia, que se dedicaram ao estudo desta situação no país, aprovando o Documento “Igreja e Questão Agrária brasileira no início do século XXI”. O texto faz uma leitura da realidade agrária brasileira nas condições históricas atuais. A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou relatório sobre “Conflitos no Campo Brasil 2013″.
O Grupo de Trabalho sobre o Concílio Vaticano II apresentou ontem aos bispos as atividades desenvolvidas pela Igreja no Brasil a respeito das comemorações do cinquentenário do evento. Fazem parte do GT o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer; o Arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil Antônio Moreira; o Arcebispo de Belém (AM), Dom Alberto Taveira, e o Bispo emérito de Blumenau (SC), Dom Angélico Sândalo Bernardino.
Os bispos falaram sobre as inúmeras atividades que estão ocorrendo nas dioceses brasileiras, à luz dos textos conciliares, como encontros de formação para presbíteros e de agentes de pastoral, semanas teológicas e simpósios, além das muitas publicações. “É uma grande contribuição”, disse Dom Gil, que destacou a tradução dos documentos conciliares pelas Edições CNBB, coordenada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé.
O Cardeal Odilo Pedro Scherer lembrou que a temática da Campanha da Fraternidade 2015, “Fraternidade, Igreja e Sociedade”, é inspirada nas reflexões do Concílio. Falou sobre o Congresso Teológico, previsto para acontecer no próximo ano e que será organizado pelo GT e pela Comissão para a Doutrina da Fé. “Trata-se de um momento de reflexão sobre o Concílio e também sobre o pós-Concílio, assim como sobre as perspectivas de como colocar em prática as inspirações conciliares”, disse Dom Odilo.
Em nome da Comissão, dom Angélico sugeriu aos bispos para que, em suas dioceses, todas as grandes comemorações como romarias, novenas, entre outras, sejam abertas “ao que o espírito diz hoje à Igreja por meio das luzes do Concílio Vaticano II”.
“O Vaticano II deve ser a bússola orientadora da caminhada da Igreja deste novo milênio”, acrescentou Dom Angélico recordando a fala de São João Paulo II. Foi recordada a presença do arcebispo emérito da Paraíba, Dom José Maria Pires, único padre conciliar presente na Assembleia.
Por Rádio Vaticano