10 de abril de 2013
On quarta-feira, abril 10, 2013 by Pe. Lucione Queiroz
Uma importante vitória sobre a’ cultura da morte’ em um país que já realizou 55 milhões de abortos!
O movimento em defesa da vida obteve uma importante vitória sobre a cultura da morte nesta sexta-feira, 05/04.
Com um placar de 90 a 30, a Câmara dos Deputados do Kansas, estado norte americano, aprovou a lei que:
1. Define o estágio inicial da vida na fecundação;
2. Proíbe a associação Planned Parenthood – a maior rede de abortos do mundo – e outros grupos ligados à causa de promoverem aulas de educação sexual nas escolas;
3. Exclui as clínicas de abortos da isenção fiscal;
4. Bane abortos por seleção de sexo;
5. E obriga os médicos a darem maiores detalhes sobre o assunto às gestantes que queiram abortar.
Durante a tarde, o projeto já havia sido aprovado com facilidade pelo senado. Agora, para que a lei entre em vigor, resta a provável assinatura do governador Sam Brownback, reconhecido por sua forte oposição ao aborto.
Os Estados Unidos enfrentam uma grande tensão desde que o presidente Barack Obama iniciou o seu projeto de reforma da saúde pública. O programa, chamado de “Obamacare”, tem recebido fortes críticas de bispos e outros setores da sociedade devido a violações do direito à liberdade religiosa, objeção de consciência, aprovação do aborto e mudança de sexo. Pelo programa, os hospitais católicos serão obrigados a interromper a gravidez de pacientes que decidam pelo procedimento.
O aborto é garantido pela Constituição dos Estados Unidos desde que a Suprema Corte americana, no famoso caso “Roe vs. Wade”, o liberou até o nono mês da gravidez. Após 40 anos da decisão, estima-se que 55 milhões de abortos tenham sido realizados no país. Por outro lado, apesar do lobby das grandes indústrias e da militância abortista, a aprovação do aborto nos EUA têm caído ano após ano.
No final de janeiro de 2013, os americanos fizeram a maior marcha pela vida da história do país. Cerca de 650 mil pessoas, sobretudo jovens, participaram do evento.
Caso o governador Sam Brownback aprove o projeto de lei, o Kansas se tornará um dos primeiros estados pró-vida dos Estados Unidos. Recentemente, Dakota do Norte e Arkansas também aprovaram maiores restrições ao aborto, encaradas como uma verdadeira afronta ao julgamento “Roe vs. Wade”.
A lei do Kansas também é importante pela sua linguagem. Ao decretar que a vida começa na fecundação – ou seja, no momento em que o espermatozóide se une ao óvulo – o projeto elimina qualquer sombra de dúvida a respeito dos direitos do feto, pois não há possibilidade de desvios como ocorria quando o debate era sobre a “concepção”. Assim, o projeto é um primeiro passo para fortalecer a consciência de que o feto é um ser humano e merece tanta proteção do Estado quanto qualquer outro.
Outro aspecto positivo do projeto é a exclusão das aulas de educação sexual, promovidas pela Planned Parenthood, nas escolas.
Uma das táticas da cultura da morte para obter êxito nos seus trabalhos é a doutrinação direta das crianças, para inocular desde cedo um pensamento contrário à lei natural. Destruída a percepção sobre a dignidade da vida humana, abrem-se as portas para todo o tipo de barbaridades, principalmente na temática sexual.
Há anos que instituições como a Planned Parenthood e o SIECUS trabalham para destruir a moral sexual da população por campanhas contra a castidade.
O infame caso “Roe vs Wade” abriu as portas para o aborto nos Estados Unidos através de uma mentira.
Em 1995, Norma McCorvey, a “Jane Roe”, confessou ter inventado o caso de estupro utilizado em seu processo para a legalização do aborto. Após conviver com integrantes pró-vida, McCorvey abandonou a militância feminista e em 2012, apareceu em alguns vídeos contrários à reeleição de Barack Obama para presidência dos Estados Unidos.
O fato é apenas um exemplo em meio a tantos outros de como a estratégia abortista vale-se de meios imorais e ardilosos para conseguir o que quer.
Por isso, é mister romper a hegemonia ideológica do movimento pró-aborto e trazer à tona a farsa que está na base de toda a sua ação. Somente assim, iniciativas como as de Kansas, no Estados Unidos, poderão se espalhar por outros locais e finalmente pôr fim à cultura da morte.
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