Business

16 de maio de 2014

On sexta-feira, maio 16, 2014 by PASCOM - coreaú
“Não se pode entender um cristão isolado, assim como não se pode entender Cristo isoladamente”, afirmou o Papa na Missa presidida nesta quinta-feira (15)
 
Não existe um cristão sem Igreja, um cristão que caminha sozinho, porque Jesus se inseriu no caminho do seu povo: foi o que disse o Papa Francisco na Missa presidida na manhã desta quinta (15) na Casa Santa Marta.
 
Partindo da primeira leitura do dia, o Pontífice explicou que os apóstolos, quando anunciam Jesus, não começam por Ele, mas da história do povo.
 
De fato, observou, “Jesus não se entende sem esta história” porque Ele “é justamente a finalidade desta história, em relação à qual ela prossegue, caminha”. Assim – acrescentou o Papa – “não se pode entender um cristão fora do povo de Deus. O cristão não é uma mônada”, mas “pertence a um povo: a Igreja. Um cristão sem Igreja é algo puramente ideal, não é real”:
 
“Não se pode entender um cristão isolado, assim como não se pode entender Cristo isoladamente. Jesus não caiu do céu como um herói que veio nos salvar, e vem. Não. Jesus Cristo tem história. E podemos dizer, e é verdade isso: Deus tem história, porque quis caminhar conosco. E não se pode entender Jesus Cristo sem essa história. Do mesmo modo, não se pode entender um cristão sem história, sem povo, sem Igreja. Seria uma coisa de laboratório, algo artificial, algo que não pode dar vida”.
 
O povo de Deus – disse ainda Francisco – “caminha com uma promessa. Essa dimensão é importante que nós tenhamos presente em nossa vida: a dimensão da memória”:
 
“Um cristão é a memória da história do seu povo, do caminho que o povo fez, da sua Igreja. A memória de todo o passado… Depois, para onde vai este povo? Rumo à promessa definitiva. É um povo que caminha rumo à plenitude; um povo eleito que tem uma promessa no futuro e caminha rumo a esta promessa, rumo à realização desta promessa. E, por isso, um cristão na Igreja é um homem, uma mulher com esperança: esperança na promessa. Que não é expectativa: não, não! É outra coisa: é esperança. Avante! Aquela promessa que não desilude”.
 
“Olhando para trás – afirmou o Papa –, o cristão é uma pessoa de memória: pede a graça da memória, sempre. Olhando para frente, o cristão é um homem e uma mulher de esperança. E no presente, o cristão segue o caminho de Deus e renova a Aliança com Ele. É alguém que continuamente diz ao Senhor: ‘Sim, eu quero os mandamentos, eu quero a tua vontade, eu quero seguir-Te. É um homem de aliança, e a aliança nós a celebramos todos os dias na Missa. É, portanto, uma mulher, um homem eucarístico”. Eis a oração conclusiva do Papa:
 
“Pensemos – nos fará bem pensar isso hoje – como é a nossa identidade cristã. A nossa identidade cristã é pertença a um povo: a Igreja. Sem isso, nós não somos cristãos. Entramos na Igreja com o batismo: ali somos cristãos. Por isso, ter o hábito de pedir a graça da memória, do caminho que o povo de Deus fez. E também da memória pessoal: o que Deus fez comigo, na minha vida, como me fez caminhar… Pedir a graça da esperança, que não é otimismo: não! É outra coisa. E pedir a graça de renovar todos os dias a Aliança com o Senhor que nos chamou. Que o Senhor nos dê essas três graças, que são necessárias para a identidade cristã”.
 
Fonte: Rádio Vaticano